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05
jul
08

é o fim… Fim dos Tempos

Vou começar diferente este artigo.

CINESURPRESA de número 11.

11 é o número das revelações. Pela cabala a série de números que antecede o 11, de 1 ao 10,  fala sobre a soma de todas as coisas do mundo material. Já a seqüência seguinte, iniciada pelo 11, fala de conhecimentos e realizações do plano superior, espiritual, sendo que o 11 dá início a esta seqüência. 11 é a soma de 10 + 1. Deus é o número 1 e o Mundo é número 10. Isso dá sentido ao 11 que é o número das revelações, signo do conhecimento de Deus e da entrada na vida superior. O 11 possui aspectos positivos e negativos: filantropia, preocupação com os demais, ambição, bloqueio, dependência, falsidade, mentira inteligente, crueldade. Tem como palavras-chave  negativas: fanatismo, desorientação, cinismo, falsa superioridade, desonestidade, mesquinhez, negligência e preguiça.
O Arcano XI do Tarot, a Força (Justiça – Persuasão), tem como palavras-chave: força, decisão, confronto com a sombra, ação, impaciência, cólera, orgulho, paciência, domínio dos impulsos e transformação dos mesmos em ideais mais elevados, fé, sedução, luxúria, esforços direcionados a um objetivo, repressão.

Concluindo, poderia dizer que a 11ª edição do CINESURPRESA

estava realmente envolvida com o número 11.

Fim dos Tempos, (site oficialsite nacional)foi uma surpresa, lidou com a nossa paciência. No nosso bate-papo fizemos esforços direcionados a um objetivo: tentar não falar tão mal assim do filme. Fim dos Tempos, se diz um filme de ação, que aborda (ou pelo menos tenta) o confronto com a sombra, cólera, repressão, paranóia, fanatismo, desorientação, fé, negligência com o mundo em que vivemos, mesquinhez… enfim muitas das coisas citadas acima.
Minha opinião começa aí, neste texto, mas vamos ver o que o grupo que se reuniu neste domingo frio e chuvoso, achou do filme. Justamente pelo tempo tivemos poucos participantes, mas todos que fazem parte dos mais assíduos e de presença forte, marcante nos seus palpites: Eduardo Ricci, Madeleine Alves, Ricardo Prado, Ricardo Reis e eu.


Fim dos tempos recebeu nota 6,4, o que o coloca no final da nossa lista, em 9º lugar e bem atrás do que até agora era o último — Dura de Matar com nota 7. (veja nosso ranking surpresa ao lado). Dos 5 participantes 4 não veriam novamente e somente a Madeleine respondeu com um “não sei”. Ricardo Reis e Eduardo Ricci disseram que gostaram do filme. Madeleine também disse “não sei”. E o Ricardo Prado e eu não gostamos do filme.
Realmente não gostei mesmo. De nada, ou quase nada.

O filme não cumpre o que pretende, ou melhor pretendia. Em alguns momentos é um filme de suspense, em outros de ação, em alguns de terror e o pior, em certos momentos — algumas cenas de morte — é bem trash. Nada contra os filmes Trash, até gosto muito. O problema que não ter uma linha, uma proposta definida. Tem cenas bonitas, ângulos e movimento de câmera perfeitos, mas são poucos sem falar de que um filme não se sustenta apenas com alguns enquadramentos perfeitos. Fim dos Tempos não convence, não pega. É triste ver um diretor como M. Night Shyamalan que fez um Sexto Sentido, Corpo Fechado (que acho os melhores dele) errar tanto na mão em um filme como este.

A proposta, a idéia, é boa: Paranóia.

Segundo ele mesmo, M. Night Shyamalan, este é o tema principal do filme: mostrar como as pessoas lidam com suas paranóias em situações extremas e quase sem saída. Como é o relacionamento humano neste momento, como as pessoas se tornam mesquinhas, individualistas, egoístas pesando apenas em sua própria sobrevivência perante a idéia da morte.

  • O que fazer quando se perde o medo?
  • Quando se perde a noção de perigo?
  • Quando de perde o conceito de respeito a vida humana e ambiental?
  • E até, para jogar um pouco de romantismo: quando se perde o conceito real do que é amor, amor pelo homem amado, amor ao próximo, amor a vida?

Pois é, o filme no fundo trata de tudo isso. Ótimos assuntos para um filme não? Com certeza, mas desde que não se erre na mão, na dosagem das coisas, em como mostrar, como falar e principalmente não se erre no modo de como devemos tocar, chegar nas pessoas. A maneira que o roteiro de desenrola é péssima, como disse antes, não deixa claro o estilo do filme (se é suspense, ação, terror etc) e ainda tenta fazer rir mas com piadas fraquíssimas, extremamente sem graça e mal colocadas.

Por isso mesmo no nosso bate-papo a pergunta que mais demorou a ser respondida foi:

O melhor do filme para você?

Eduardo: cena dos corpos caindo (no começo)
Madeleine: trilha sonora e a apresentação das teorias evolutivas de Mrs. Jones, (Betty Buckley) “mas não o seu desenvolvimento” ela deixa claro.
Ricardo Prado: trilha Sonora
Ricardo Reis: só o amor constrói

Bem para mim o melhor do filme, para não dizer que não vi nada de bom, foi a personagem Mrs. Jones, mas friso: a personalidade deste personagem, porque seu desenvolvimento, como diz a Madeleine, foi ruim. Também é boa a idéia por trás do filme, que por sinal não vingou, a idéia, mensagem, de como devemos prestar mais atenção nas pessoas e no mundo e que vivemos, saber respeitá-lo e perceber seus sinais.

Já para responder sobre o pior do filme, foi mais fácil:

Eduardo: o roteiro
Madeleine: “as escolhas errôneas ao trabalhar pontos desnecessários e deixar de lado potencialidades no decorrer da trama”
Ricardo Prado: “tentar agradar `atirando para todos os lados´ e investindo pouco na inovação”
Ricardo Reis: “o final previsível”

Bem, sobre o que achei de pior no filme, já falei mas sobre uma cena do filme que mais me interessou, ou seja o que achei de melhor, foi a cena de minha personagem favorita mas mal aproveitada, Mrs. Jones (Betty Buckley), quando convida os três — Eliot Moore (Mark Wahlberg), Alma Moore (Zooey Deschanel) e a garotinha Jess de 8 anos (Ashlyn Sanchez) — para jantar. Como disse a Madeleine, as “teorias evolutivas” apresentadas por Mrs. Jones, sentada na cabeça da mesa, entre café, bolachas e um tapa na mão da garota Jess, poderiam ter sido melhor aproveitadas. Sem dúvida, para mim, a melhor cena e as melhores falas estão alí. (na imagem abaixo a foto central é desta cena)

Cena do Eduardo: “quando Eliot Moore chora junto com a menina Jess”
Cena da Madeleine: “as plantas balançando ao vento, soturnamente dançando ao som da trilha sonora”
Cena do Ricardo Prado: “a cena em que mostra os vários operários da construção caindo”
Cena do Ricardo Reis: “a cena em que Eliot Moore, o protagonista, pede carona e todos viram as costas com seus carros. O egoísmo”

Desta vez somente o Eduardo Ricci se identificou com algum personagem e foi com o Eliot Moore (Mark Wahlberg). Mais ninguém.

Uma frase sobre o filme:

“Respire tudo quando tudo parecer o fim” • Eduardo

“Seguir em várias direções pode ser prejudicial a seu filme— caso você não saiba como fazê-lo” • Madeleine

“As piadinhas deste filme farão você querer de matar como os personagens do filme” • Ricardo Prado

A frase do Ricardo Reis, eu uso para terminar este texto e serve como reflexão de um tema que fracassou, e que poderia ter sido muito melhor abordado. E também uso como minha frase:

“O egoísmo do ser humano, nos leva a ser canibais de nós mesmos! • Ricardo Reis”

Veja mais sobre o filme na coluna ao lado: fotos e vídeo

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UMA PARTE SOBRE DESIGN GRÁFICO:

Sem dúvida, para mim, o melhor do filme são os cartazes. Todos os que vi até agora são ótimos, perfeitos! Vale uma olhada cuidadosa para quem gosta de design. Com certeza eles refletem o que o filme deveria ser e não consegue. Tem força, suspense, incomodam e ao mesmo tempo são extremamente equilibrados visualmente. São simétricos. Observem os 3 cartazes abaixo, o meu preferido é o primeiro, com a sombra vermelha. Bem não vou falar muito sobre eles porque pretendo colocar este cartaz na enquete da minha próxima análise de cartaz. Realmente para mim o melhor deste filme esta na obra de um designer gráfico: o cartaz! (para quem não conhece meu trabalho de leitura de cartazes de filmes é so clicar aqui

Escrito por Márcia Okida em julho 2008




PRÓXIMO ENCONTRO: estamos de férias, leia ao lado.
CINESURPRESA: um encontro - uma surpresa - um filme - uma conversa

Como são dadas as opiniões?

Quer saber como os participantes dão suas opiniões? Como são os papos depois do filme?clique aqui

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PARA SE JUNTAR A NÓS todo 2º domingo do mês você pode se encontrar com a gente da Associação Cultural Vontade de Ver e assistir um filme escolhido na hora (daí o nome cinesurpresa) em um dos cinemas de Santos. Depois, sempre rola uma pizza, um bom papo e tudo isso vem para cá. Encontre-se com a gente em um destes domingos e esteja aqui no nosso blog no próximo mês! Verifique o horário e o cinema do mês no link clicando aqui e, se quiser, Deixe uma mensagem
COMEMORAÇÃO DO 1º ANIVERSÁRIO DO CINESURPRESA, leia sobre este nosso encontro no texto sobre o filme Depois da Vida clicando aqui

para ver

Slide Show Era do Gelo 3

Slide Show A Mulher Invisível

para ouvir

Leia nosso blog ouvindo a TRILHA SONORA DE OS DESAFINADOS

Escute aqui na Rádio UOL Indique uma trilha sonora para a gente

ranking surpresa

1º lugar: 10,0 - Wall-e

2º lugar: 9,6 - Persépolis

3º lugar: 9,0 - A Duquesa

4º lugar: 9,0 - Tropa de Elite e Ultimato Bourne

5º lugar: 8,9 - StarTrek

6º lugar: 8,8 - A Troca

7º lugar: 8,6 - Era do gelo 3, Piaf e MILK

8º lugar - 8,3 - Meu Nome não é Johnny

9º lugar: 8,2 - Depois da Vida

10º lugar: 8,1 - Mulher Invisível

11º lugar: 7,8 - Chega de Saudade e HairSpray

12º lugar: 7,5 - Onde os Fracos não tem Vez

13º lugar: 7,4 - Os Desafinados

14º lugar: 7,2 - Jogos do Poder

15º lugar: 7,0 - Duro de Matar

16º lugar: 6,8 - 007 Quantum os Solace

17º lugar: 6,4 - Fim dos Tempos

18º lugar: 6,3 - Foi Apenas um Sonho

19º lugar: 5,6 - A Guerra dos Rocha

Conheça a gente

Madeleine Alves

Márcia Okida

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